Ataque cardíaco x açúcar processado

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O que causa um ataque do coração? A visão padrão diz que altos níveis de colesterol “ruim” que estreitam as artérias são os principais culpados – mas novas pesquisas descobriram que algo está acontecendo.

A pista é que as pessoas que sofrem de gengivas muito ruins, ou periodontite, também são mais propensas a sofrer um ataque cardíaco (infarto do miocárdio). E outra pista é que as pessoas com periodontite também são mais propensas a serem diabéticas, mesmo que não saibam disso.

E o fator comum é uma condição chamada disglicemia, em que o corpo não consegue metabolizar o açúcar ou a glicose adequadamente – o que também acontece quando você tem diabetes, uma condição em que se torna intolerante à glicose.

As pessoas com o distúrbio são duas vezes mais propensas a sofrer um ataque cardíaco, dizem pesquisadores do Instituto Karolinksa, na Suécia, que estudaram 712 pacientes com ataque cardíaco, e checaram a saúde da gengiva e os níveis de glicose.

As descobertas colocam os dentistas na linha de frente dos cuidados de saúde, e isso também significa que os endocrinologistas, especialistas em tratamento de diabetes, devem verificar a saúde dos pacientes, dizem os pesquisadores.

“Os distúrbios de glicose não detectados são comuns no infarto do miocárdio e na periodontite. Muitas pessoas visitam o dentista regularmente e talvez seja melhor considerar fazer exames de rotina em pacientes com periodontite grave para pegar esses pacientes”, disse a pesquisadora Anna Norhammer.

Mais de 610 mil americanos morrem de um ataque cardíaco a cada ano – é responsável por uma em cada quatro mortes – e os especialistas da Karolinska demonstraram que tem pouco a ver com o colesterol ou artérias e tudo a ver com a maneira como o nosso corpo processa açúcar, especialmente de alimentos processados.


Referências

(Fonte: Diabetes Care, 2019; dc190018; doi: 10.2337 / dc19-0018

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Romã

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A romã é um fruto muito singular, de longa data, que nasce de uma árvore pequena e com muita longevidade, cultivada nas regiões que vão desde a Ásia e Mediterrâneo aos Himalaias.
Na última década, tem sido realizados inúmeros estudos sobre as propriedades antioxidantes, anti-inflamatórios e anticancerígenas das romãs, que se concentram no sua contribuição para o tratamento e prevenção de câncer, das doenças cardiovasculares, da diabetes, da disfunção erétil, das infecções bacterianas e da resistência a antibióticos, bem como das lesões da pele causadas por radiação induzida.
O sumo e os grãos da romã possuem incríveis propriedades antioxidantes e anticangerígenas, que interferem com a proliferação de células cancerígenas, a invasão do ciclo celular e a angiogênese. A fitoquímica das romãs apresenta uma série de utilizações clínicas no tratamento e prevenção do cancro, bem como de outras doenças em que a inflamação crônica desempenha um papel importante. O sumo de romã contém vários antioxidantes, como polifenóis solúveis, taninos e antocianos, e tem demonstrado propriedades anti-inflamatórias, antibacterianas e antiteromatosas.
A lista que se refere alguns dos benefícios do sumo e dos grãos de romã, descobertos recentemente:
1. As romãs inibem o desenvolvimento de câncer de mama, da próstata, do cólon e de leucemia, e evitam o aparecimento de alterações vasculares que estimulam o surgimento de tumores em animais de laboratório.
2. As romãs inibem as enzimas de conversão da angiotensina e reduzem a tensão arterial naturalmente. (a angiotensina é um hormônio que estimula a angiogênese)
3. Os compostos antioxidantes das romãs fazem retroceder a arterosclerose e reduzem a coagulação excessiva do sangue e a aglomeração de plaquetas, fatores que podem causar infartos e AVC.
4. As romãs contem compostos semelhantes ao estrogênio, que estimulam a seretonina e os receptores de estrogênio, contribuindo para o desenvolvimento de massa óssea dos animais de laboratório.
5. As romãs reduzem o dano nos tecidos das pessoas com problemas renais, reduzem a incidência de infecções e evitam as graves.
6. Por último, mas muito importante, as romãs contribuem para um coração saudável. Foi realizado um estudo com doentes cardíacos, com bloqueios graves na carótida. Estes consumiram uma dose diária de menos de 30 mililitros de sumo de romã, durante um ano. Verificou-se que a tensão arterial destes doentes baixou 20% e tiveram uma redução de 30% na placa arterosclerótica.
 
Dr. Joel Fuhrman